Suponha que você esteja escrevendo um livro, uma tese ou um relatório extenso. E, para esse documento, você precisou criar uma série de novos comandos para facilitar sua escrita e adequar o resultado a alguma norma. Se você escrever todo o texto em apenas um arquivo .tex, a escrita pode ficar confusa, sendo difícil de encontrar determinadas partes, uma vez que existe uma série de comandos formando um código, muitas vezes complicado, antes do texto em si.
Nesses casos, é possível separar o código LaTeX em arquivos diferentes, cada um contendo uma parte do texto, de tal forma que o acesso seja facilitado ao abrir apenas a parte que é do seu interesse no momento. Além disso, essa possibilidade também facilita a vida daqueles que criam partes de texto que são costumeiramente usadas em mais de um documento, principalmente partes que decodificam a formatação do texto e outros comandos. Assim, ao invés de copiar e colar trechos de documentos, é possível sempre carregar os arquivos necessários, como um modelo. Isso pode ser feito por meio de dois comandos: o input e o include.

1. Input e Include

 

Os comandos input e include são muito similares e servem para adicionar pedaços de texto definidos em arquivos .tex separados a um trabalho que vamos chamar de principal a partir de agora. Então a ideia é a seguinte, você tem um trabalho definido como principal.tex e quer adicionar um preâmbulo com comandos, um capítulo de introdução e um capítulo de desenvolvimento. Todos esses textos já estão escritos de forma isolada em outros arquivos tex, chamados de preambulo.tex, intro.tex e desenvolvimento.tex. Então, como adicionar esses arquivos no seu texto principal? Isso pode ser feito rapidamente com os comandos input e include.
Para isso, é necessário apenas que todos os arquivos estejam na mesma pasta que o seu arquivo principal. Assim, para adicionar novos arquivos ao seu trabalho, basta usar, por exemplo, o comando \input e, como argumento para esse comando, use o nome dos arquivos já criados, sem a extensão .tex. Assim, quando compilar o texto, o editor vai procurar na pasta do arquivo principal, todos os demais que foram requisitados por meio do comando \input, Como no seguinte exemplo.
\input{intro}
Além do input, também é possível adicionar arquivos com base no comando \include. O comando \include adiciona o texto escrito em outros arquivos com uma quebra de página. Com o include, é possível também adicionar apenas um arquivo rapidamente com o objetivo de se observar o resultado final no pdf sem que seja necessário compilar o documento inteiro, aumentando a velocidade do compilador. Os arquivos que se quer compilar devem ser separados por vírgulas dentro do comando includeonly. Lembre-se apenas que as referências cruzadas podem aparecer erradas ao usar o comando includeonly, então use com moderação.

2. Pacote import

 

Outra forma de se adicionar texto a partir de outros arquivos é utilizando o pacote e comando import. Como o import é definido a partir de um pacote, é necessário declarar esse pacote no preâmbulo do documento usando o comando \usepackage{import}. Por que usar o import ao invés do input e include? Porque com o import você não vai ter erros de compilação com arquivos armazenados em subpastas.
Diferentemente do input e include, o comando import precisa de dois argumentos, sempre definidos entre chaves. O primeiro é o caminho para o arquivo que você utilizará, ou seja, é a indicação de onde, no seu HD, está o arquivo que você quer importar. Esse caminho pode ser relativo à pasta onde está seu documento principal ou absoluto. Eu, particularmente, prefiro organizar todos os arquivos necessários em subpastas e, assim, posso indicar os caminhos para cada um deles de forma relativa ao documento principal. Assim, a pasta onde está seu arquivo principal funciona, em última análise, como um repositório completo para o documento que você está trabalhando, podendo ser movida ou copiada para outro lugar sem que seu texto apresente erro de compilação. Por exemplo, supondo que suas seções estejam em uma subpasta chamada sections, basta declarar o seguinte:

\import{sections/}{intro.tex}

\import{sections/}{desenvolvimento.tex}

Nesse pacote, também é possível usar o comando subimport que tem a mesma sintaxe do comando import. A ideia é que esse comando seja usado em um dos arquivos auxiliares do seu texto para chamar outros subarquivos. Por exemplo, suponha que parte da minha introdução esteja escrito em outro arquivo, assim, no intro.tex, posso usar o comando subimport e, assim, o caminho dos arquivos que vou chamar com o subimport passa a ser relativo à pasta onde o intro.tex está.

Apresentação

Felipe Cabral

@felipecabral

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